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Sala de Exposição Retirada da Laguna

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TEXTO SALA DE EXPOSIÇÂO DA RETIRADA DA LAGUNA

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  No dia 20 de agosto de 2020, no ano em que rememoramos os 150 anos do fim da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, a 4ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada inaugurou um espaço cultural dedicado à história de um dos mais marcantes episódios daquela Guerra: a epopeia da Retirada da Laguna.

  Idealizada pelo General de Exército Lourival Carvalho Silva, esta sala de exposição se constitui em mais um importante passo na missão de homenagear os heróis da Retirada da Laguna. Uma missão que teve início logo após a guerra, em 1874, quando o Imperador D. Pedro II mandou construir um monumento no local onde alguns desses heróis tombaram, no parque histórico hoje conhecido como Cemitério dos Heróis.

  Ao longo do século XX, por diversas vezes, a passagem da guerra pelo sul de Mato Grosso foi rememorada por militares e civis. Em 1904, o então Major Cândido Mariano da Silva Rondon, em visita à Fazenda Jardim, registrou em relatório as homenagens que prestou aos heróis enterrados às margens do rio Miranda; em 1926, o General Alfredo Malan enviou um pequeno grupo de militares para realizar reparos no Cemitério dos Heróis e para construir um túmulo para José Francisco Lopes, o lendário Guia Lopes da Laguna; em 1931, o General Bertoldo Klinger, durante a realização de manobras militares no sul do Estado de Mato Grosso, também prestou homenagem no mesmo local. Imagens dessas manobras foram usadas no filme “Alma do Brasil”, pioneira produção cinematográfica do estado de Mato Grosso, cujo tema é a Retirada da Laguna.

  Em 1970, por ocasião do centenário da Guerra da Tríplice Aliança, militares e civis estiveram em Jardim para rememorar os feitos daqueles brasileiros que deram sua vida pela nação. No fim da década de 1990, o Tenente Coronel Aviador Arcelino Ricardo Almeida de Oliveira e o Capitão Krugerson Mattos deram importantes passos na identificação e mapeamento dos locais por onde a Retirada da Laguna passou. Assim, ao longo do século XX, por diversas vezes, esta região foi o endereço buscado por homens e mulheres que tomaram para si a missão de cultuar a história deste solo, banhado por suor, lágrimas e sangue.

  Em 2013, o então Major Niedson de Carvalho Mendonça, à época comandante da 4ª Cia E Cmb Mec, seguindo os passos do Major Rondon, dos Generais Malan e Klinger, do Tenente Coronel Ricardo, do Capitão Mattos e de tantos outros, elaborou um projeto que serviu de base para a demarcação do itinerário da Retirada da Laguna. O projeto fazia parte das rememorações dos 150 anos do início da Guerra da Tríplice Aliança e foi concluído em 2019, com a implantação de 117 marcos, de Bela Vista a Anastácio. Nesse processo, foi verificado que toda a região sudoeste do Mato Grosso do Sul ainda guarda muitos vestígios da Guerra, nos monumentos espalhados no terreno e, especialmente, nos objetos encontrados nos locais por onde as tropas passaram.

  Calcado nos três pilares da museologia (pesquisa, preservação e comunicação), o projeto de criação da Sala de Exposição da Retirada da Laguna, gerenciado pelo 2º Sgt Evandro Dias da Silva, nasceu com a missão de manter viva a história da Retirada a partir da preservação de seus vestígios, tornando-se uma referência no turismo histórico regional e uma ferramenta para pesquisa e educação de crianças, jovens e adultos, que almejam conhecer mais sobre o que aconteceu na Fazenda Jardim e nesta região, em 1867.

  Boa parte do acervo da Sala de Exposição da Retirada da Laguna foi obtida entre 2018 e 2019, por meio do apoio de Amigos da Companhia e de organizações militares do Comando Militar do Oeste, sob a supervisão e orientação do Comando do CMO e do Comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada. Neste rico acervo, destacam-se dois documentos originais produzidos por Taunay, uma Bandeira Imperial e um quadro que pertenceram à sua família. Esses itens foram doados à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada em 1999, e foram transferidos do Parque Histórico Colônia Militar de Dourados para a Sala de Exposição da Retirada da Laguna.

  De modo geral, a Sala de Exposição da Retirada da Laguna tomou como referência a principal obra sobre o tema: o livro “A Retirada da Laguna”, de Alfredo d’Escragnolle Taunay, testemunha ocular daquela epopeia. Ao percorrer os seus ambientes internos, o visitante é guiado cronologicamente através dos eventos que ocorreram de 8 de maio a 11 de junho de 1867: a ordem para a Retirada, a travessia do Apa, a macega incendiada pelo Exército Paraguaio, o surgimento do cólera nas fileiras do Exército Imperial, o abandono dos coléricos, a travessia do rio Miranda em busca das laranjas do pomar da Fazenda Jardim, a explosão da Igreja de Nioaque e a chegada em Porto do Canuto, onde finalmente os soldados encontraram um pouco de paz em meio àquela guerra. Esses fatos descritos por Taunay são a linha temporal que guiam a exposição.

  Por fim, cabe destacar que a Sala de Exposição da Retirada da Laguna busca manter viva a história de homens e mulheres, de ontem e de hoje que doaram suas vidas em defesa da soberania nacional. Constância e valor!

  • Horário de funcionamento- horário comercial, sob agendamento
  • E-mail p/ contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Imagens do local                                                                                      

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Inauguração Sala Exp Retirada. 20 Ago 20. Evandro explicando ao cmt da SEF

 

Texto 1º Sgt Evandro

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